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Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

11 de janeiro de 2012

Roteiro II

Um malfeitor careca, de bigodes ou com algum traço físico repugnante qualquer treina um macaco, cachorro, porco, gato, golfinho, foca ou gambá para praticar crimes. O animal, no entanto, é de boa natureza e foge do dono depois de uma sequência de maus tratos, sendo então encontrado por uma criança pré-adolescente norte-americana que enfrenta problemas pessoais na escola, com o divórcio dos pais ou com a rejeição do irmão mais velho.

Caoticamente, a princípio, mas depois naturalmente, os dois vivem diversas aventuras nas quais as habilidades criminais do macaco, cachorro, porco, gato, golfinho, foca ou gambá e a participação de um amigo coadjuvante são essenciais para o sucesso. Quando a criança protagonista aprende finalmente a lidar com seus problemas, tornando-se uma pessoa bem resolvida e mentalmente saudável, surge novamente o vilão malfeitor.

Ele então rapta o macaco, cachorro, porco, gato, golfinho, foca ou gambá e o força a praticar novos crimes, mas o animal se nega (agora mais decididamente) e humoristicamente sabota o roubo; causando no dono várias contusões e queimaduras leves (além da aderência de penas em oléo que cobre o corpo do bandido). Não demora até que a polícia consiga prendê-lo (o malfeitor). O animal é então encontrado pela criança protagonista que entrementes organizara uma busca pela vizinhança com tochas e lanternas e mutirão de pessoas gritando "macaco" (ou "cachorro", "porco", "gato", "golfinho", "foca", "gambá") - busca que se prova inútil quando uma súbita lembrança de um ensinamento involuntário do animal faz a criança encontrá-lo instantaneamente.

De alguma forma o vilão, mesmo tendo sido pego, consegue reivindicar legalmente a posse do animal. Em meio ao julgamento de assassinatos, latrocínios, incêndios criminosos e etc. é julgado o caso da posse do macaco, cachorro, porco, gato, golfinho, foca ou gambá. Invariavelmente o juiz decide que o animal será chamado pelas duas partes concorrentes e que aquele que atraí-lo será seu legítimo dono. O vilão utiliza pasta de amendoim (independente do tipo de animal em questão, todos adoram pasta de amendoim) para sabotar o processo, mas mesmo assim o amor vence e a criança comemora a posse do amiguinho com os pais ausentes agora participantes, o irmão mais velho que agora é figura exemplo, o amigo coadjuvante que agora é namorado(a) e o povo da vizinhança que participou do mutirão. Por alguma razão qualquer, o vilão é carregado para a prisão por dois policiais (enquanto esperneia e grita que "não é justo" e que "isso não vai ficar assim", para justificar uma possível sequência).

Em meio a frases de efeito e lição de moral, todos descobrem que a existência humana é uma simulação computadorizada e que o filme, na verdade, trata-se de Matrix IV.