Palavras cruzadas
Depois de descobrir o que é sudoku jogando no celular durante uma cerimônia de formatura e decidir que vou poupar os poucos níveis que falta completar pra jogar durante a próxima, pois não aguento mais colação de grau, resolvi comprar uma revista dessas tipo palavras cruzadas, coquetel, tiozão do sofá.
Comprei uma muito louca em que tem que ir seguindo as informações pra formar um desenho pintando quadradinhos. Calcula daqui, calcula de lá, descobre quais bloquinhos tem que pintar e quais não. Pinta bloquinho sim, pinta bloquinho não. Fiz o primeiro, fácil, pra aprender: um carrinho. Fiz outro, um pouco mais difícil, um rosto. Fiz outro, ainda mais difícil, uma bruxa. Por fim, fiz um, bem maior e mais difícil, outro rosto. E era pra ser o Robert De Niro. Quer dizer, fiz não, quase fiz. Deixei por acabar.
Agora, de madrugada, fui pegar a revista pra dar um fim no De Niro e olhando ela assim, de cima pra baixo, defini a hipótese que vou carregar por vida toda: qualquer pessoa nariguda de ponta-cabeça parece um pinto. No caso, pinto quadradinhos.