Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

Minha opinião

Sou um bom argumentador, creio. Convenço as pessoas de algumas coisas bem imbecis, às vezes, só para treinar. Como quando convencia as pessoas de que era apto nos esportes (na verdade, eu me convenci de que convencia as pessoas, ninguém nunca caiu nessa).

Também convencia meus professores a me darem boas notas pelo esforço, especialmente quando não havia me esforçado nem um pouco, como naquelas redações que nos obrigavam a escrever, "você é a favor ou contra?". O tema variava pouco de "punição dura por violência no trânsito", "tratamento forçado para viciados em drogas", "preconceito contra o tabagismo" e o eterno "aborto, sim ou não". Sempre fui a favor de não escrever esse tipo de redação. Não convence ninguém.

Hoje, por exemplo, tentei convencer alguns colegas, no ônibus, de que outra passageira estava - e vou dizer sem rodeios - mijada. Observei que as calças dela, nos fundilhos, estavam muito escuras, mais ou menos como fica o jeans molhado.

- Aquela guria tá mijada ou é impressão minha?

Piadas vão e vêm, e não é que até eu me convenço de que pode ser verdade. Ou não? Já estava em dúvida. Estávamos bem no fundo do ônibus e, como havia colegas sentados mais perto da moça (doravante referida como "Ela"), telefonei para um deles.

- Alô.

- Alô, fala cara.

- Alô, cara, tô no mesmo ônibus, a gente tá aqui no fundo, me diz uma coisa, tu consegue ver pra nós se essa guria aí de pé atrás de vocês tá mijada? As calças dela parecem molhadas, sei lá.

Ele não conseguiu ver nada, me disse depois, pois 'Ela' estava de frente para ele.

- Não pode ser, ela não ficaria de pé, sentaria para esconder.

- Talvez seja tática de choque, ficou de pé exatamente pra nos convencer de que não é mijo.

No final das contas 'Ela' passou por nós quando desceu do ônibus, mas dos que conseguiram dar uma boa olhada (eu não era um deles), um achou que eram detalhes da calça ("Mas quem é que compra uma calça que faz parecer que está mijada?!") e o outro estava convencido de que "não sei se era mijo, mas que estava molhada, estava!". Assim, chegamos ao final da história, onde fica clara a necessidade de intervenção espaço-temporal, no sentido contra-natural, do presente para o passado, para que seja revelada a todos a solução deste mistério.

E é por isso que, sim, sou a favor da viagem no tempo.