Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

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- Ok, pessoal, o tempo acabou. Larguem as canetas. Larguem - Marcos, largue a caneta. Isso, vamos lá, passem os papéis pra cá.

Recolhe todos os papéis. Os funcionários trocam olhares, tamborilam os dedos na mesa, forçam a língua contra o interior da bochecha. Muito nervosismo no ar.

- Então vamos lá, vamos ver o que a equipe tem a dizer. E a primeira sugestão é... "von"- não, "vender", isso, acho que é "vender", que letra horrível! Não é a toa que os clientes tem reclamado de  que não conseguem entender as ordens de compra emitidas. Deixe-me ver, "vender min-es"? "Menes"? Ah sim, "menos". Quê? - ajeita o óculos, traz o papel para mais perto do rosto - " Vender menos"? Quem foi que escreveu isso?

-Ah, senhor, acho que o anonimato é parte do exercício, senhor. Quer dizer, acho que -

- Cale a boca, Marcos. Eu sei. Eu só quero saber quem é o gênio que acha que 'vender menos' é uma opinião válida de melhoramento para a produtividade da empresa. Se pelo menos estivessémos falando de lucro a frase faria sentido, apesar de ser exatamente o contrário do que a lógica indica como o óbvio!

- Ah, veja bem senhor, foram só alguns minutos pra escrever, talvez a frase fosse mais longa, não tenha dado tempo de  -

- Marcos, calado! - a tensão na sala parece diminuir entre os demais empregados conforme Marcos se torna o centro das atenções do chefe, agora com suor na testa apesar do ar condicionado ligado no máximo - foram três minutos, acho que é tempo suficiente para acabar uma sentença de mais de três palavras!

- Desculpe, senhor. Tem razão, senhor. Eu só acho que muitos aqui não escrevem à mão há muito tempo, sabe como é, o computador -

- Chega, Marcos, chega. Vou fingir que não sei que foi você quem escreveu isso e vou lhe dar um chance - só uma chance! - de dar outra sugestão, agora, que melhore a produtividade da empresa. Vamos lá, trinta segundos. Vamos, estou contando, vinte e cinco, vinte e quatro, é bom que seja uma idéia útil, se não boto você no olho da rua! Vinte, dezenove -

- Caligrafia!

- ... o quê?

- Aulas de caligrafia para toda a equipe!

E foi assim que os clientes pararam de reclamar, a empresa resolveu o seu único problema de comunicação e Marcos foi continuamente promovido. Tornou-se presidente da empresa no final do mesmo ano apesar de ter furado a entrada na tal reunião, sendo apenas um office-boy de outra empresa sediada no mesmo prédio.