Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

Entrevista II

- Devo dizer que seu currículo é impressionante.
- Obrigado.
- Quero dizer, não apenas seu currículo. Suas referências são fantásticas. Bom demais para ser verdade.
- Obrigado. É verdade.
- Sei que é verdade, é só uma expressão, não me leve a mal. O que quero dizer é que você é o candidato perfeito, no momento exato em que precisamos. Aceita um café?
- Aceito, obrigado.
- Como eu ia dizendo, parece que você jamais comete erros. É o que precisamos. O momento é crítico, o menor erro pode levar o grupo ao chão. Precisamos de alguém perfeito, absolutamente infalível e...
- Hum.
- Desculpe, você colocou sal no próprio café?
- ... não.
- Mas... esse é o saleiro.
- Ah, sim, sal. Claro. Botei. Gosto, prefiro sal. - um longo gole.
- ... certo. Enfim, é meu prazer convidá-lo a juntar-se a nós como gerente de operações internacionais!
- Obrigado, obrigado. O prazer é meu.
Aperto de mãos.

Você está aí achando que isso ia dar em desgraça, mas a empresa prosperou como nunca. As ações subiram, os investidores lucraram, os empregados receberam generosos bônus e o capitalismo enfim resolveu o problema da pobreza no mundo. Não, brincadeira, duas semanas depois a empresa foi à falência e os sócios - quase todos - se suicidaram. Acontece que o tal candidato baixou um currículo da internet e era semi-analfabeto, conseguiu roubar muito pouco e fugiu para uma ilha deserta com um homossexual.