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Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

2 de abril de 2014

Leão

Tem um gato que passa as noites numa loja, aqui em Copacabana. Fecha a loja, baixam uma grade (que tem uma tela de segurança pra proteger e impedir o gato de sair) e deixam o gato lá. Acostumei há muito tempo a passar por ali assoviando, pois o gato vem até a grade pra receber carinho. Uma noite dessas passou uma senhora, com sacolas de mercado e me disse 'o nome dele é Leão'. Não sei se ela sabia mesmo ou se só chutou, mas como o gato é amarelo assumi que era um nome razoável. Chamo ele de Leão até hoje.

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Estava andando na rua a passos largos, sem pressa e só pelo costume de andar apressado, e ultrapassei um grupo de turistas. Eles conversavam entre si, gritavam, descontraídos.

Assim que eu passei por eles estava em frente à loja do Leão. Parei, assoviei e lá veio ele, saltitante. Os gringos acharam o máximo. Não sei bem de onde vinham, mas expressaram surpresa em no mínimo umas doze línguas diferentes.

Depois de uns sessenta segundos de observação e suspiros por parte dos turistas, fizeram um daqueles momentos raros de silêncio de grupo. Bem nessa hora, virei e disse:

- O nome dele é Leão.

E saí noite afora, deixando os turistas a mimosear o Leão, seguro de que pra sempre se lembrarão de mim em diversas partes do mundo como algum tipo de Mestre das Bestas de Copacabana.