Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

Sinal de vida

Um professor um dia me contou um causo, da época em que ele mesmo era aluno. Talvez eu mude alguns detalhes, não lembro com total clareza. Mas o grosso da história é esse mesmo, e parece que é verídica.

Meu professor, então aluno, fazia engenharia e - em meio aos Cálculos - decidiu que precisava adiantar umas matérias. Conversando com os veteranos descobriu que um certo professor, que ministraria duas disciplinas naquele semestre, tinha fama de passar todo mundo. Todo mundo mesmo.

Matriculou-se em ambas as matérias e, se bem lembro, foi na primeira aula da primeira delas. Ouviu do próprio professor: "não quer, não vem. Eu passo todo mundo". E decidiu que não queria, e não iria.

Esperava passar. Fim do semestre, chegam as notas. Passou, em uma. Na outra, rodou. Ficou indignado (tema para debate: com razão?). Foi à sala do tal professor e confrontou - "Como me rodou na matéria, se me disse que passava todo mundo?".

"Veja bem", respondeu o professor, "fui forçado. Várias pessoas nunca apareceram. Quem tinha alguma presença, passou. Perguntei aos alunos se conheciam os faltantes, todos os que eram conhecidos de alguém passaram. Quem nunca foi e não era conhecido por ninguém, tive que rodar".

O motivo no final das contas foi o seguinte: a reitoria estava de olho. Tinha que tomar cuidado a partir de agora. Aconteceu que no semestre anterior um aluno morreu ainda bem no começo da matéria e passou com oito.

Então era isso, agora não passava mais literalmente todo mundo, havia um critério. Precisava no mínimo dar sinal de vida.