Nada dito aqui deve ser levado a sério. Deve ser levado ao forno por 30min. Não se sinta culpado ao não servir, eu também não sirvo pra nada. Blog melhor visualizado em resolução 1680x1050 pixels, em monitor SAMSUNG de 22 polegadas e sob efeito de psicotrópicos. O blog é ruim e os posts mais novos não vão pro topo. O limite de caracteres nessa mensagem é 500, então sobrou espaço: vendo monza 83.

A arte de Refutar o Insulto

Estava eu, Doutor Von Barr, a expôr minhas colocações no simpósio sobre atividades de listagem do qual participei, exatamente no ponto do crítico de minha explanação - a história da listagem com caracteres romanos sans serif em corpo 12 ou menor, quando da necessidade de listar itens com marcação singular porém não exótica - quando um membro da platéia, indubitavelmente um perfeito filho da puta, disse, não tão baixo que não pudesse ser ouvido e não tão baixo a ponto de passar despercebido por transeuntes distantes até dez quarteirões dali:
- Filho da puta!

Ao que respondi, com toda a calma que se permite ao ver dirigido tamanho impropério a sua pessoa:

- Quê?

A sagacidade da minha resposta surtiu efeito e o meu interlocutor logo respondeu, um tanto quanto inesperadamente:

- Eu disse "filho da puta".

Para propósitos de simplificação do colóquio, coloco apenas o discurso que se trata, alternadamente, das minhas respostas que levaram ao desenvolvimento dessa nova ciência, arte, tecnologia ou moda previamente exposta:

- Pois, ora, se sou acho que não é bem minha culpa, certo?

- Você só fala merda.

- Creio que por meio da boa educação, respondendo a este insulto com toda a graça - neste momento agarrei meus proeminentes testículos0 e chacoalhei-os furiosamente - refuto sua afirmação.

- Você é um canalha.

A este passo ficava deveras nervoso, já de antemão tendo o conhecimento que meu
ennemi estava nessa por questão pessoal e o ar estava ficando rarefeito.

- E Vossa Senhoria não qualifica-se no mesmo dito grupo, intrometendo-se em minha precisa e já necessitada de expansão temporal explanação? Posso perguntar qual a razão da intromissão? - murmurei ainda "exceto vossa viadice aguda?".

- Você expõe idéias não provadas que vão contra minhas teorias, seu imbecil.

- Sim.

Aqui cabe um comentário: esta resposta cala qualquer um que, afirmando algo que é comprovadamente verdade, espera uma resposta discordante para conseguir refutar um argumento facilmente.

Meu interlocutor ficou sem ter o que dizer.

- Terminaste? - eu disse.

- ... vais me pagar caro!

- Obviamente, em respeito a vossa formação acadêmica, pagaria por vós mais do que o preço justo, o que caracterizaria qualquer valor positivo.

Toda a platéia me apladiu em pé e meu interlocutor desafiante foi jogado aos crocodilos, de modo que tive vitória plena e pude viver até os 80 anos para escrever tanto este texto como meu livro sobre a Listagem Moderna, entitulado pelo primeiro filho do segundo casamento do meu primeiro filho, "Amor, a Primeira Lista".